segunda-feira, 25 de abril de 2011

25 de Abril

(...) E neste momento o objectivo nacional tem de ser o de tudo fazer para nos podermos governar a nós próprios outra vez o mais rapidamente possível, sem termos de aceitar que outros andem por cá a dizer o que devemos fazer. Esse parece-me o único objectivo consensual e com sentido para os próximos anos, o único que parece ter um valor nacional, sendo certo que não podemos passar sem a ajuda externa. Não é demonizar o FMI, é apenas ter consciência de que o país precisa de ter ideias que ajudem as pessoas e ter um futuro. (...)
por Manuel Queiroz in ionline a 25/04/2011

Sou nova demais para ter vivido durante a ditadura e haviam de passar 10 anos de 74 para eu aparecer por cá, por isso só posso falar do que vejo e conheço. Sinto que a minha vida e a das pessoas que conheço não tem tido melhorias nenhumas a vários níveis.
Recebe-se pouco e sobra sempre mês para o ordenado, o descontentamento é muito e as queixas também, não se pode pensar em planos a longo prazo (no meu caso, porque nunca tive um trabalho estável e acho que para se ter um filho é necessária alguma segurança), as perspectivas são poucas, mas mais do que isso tudo, as pessoas afundam-se no seu próprio desânimo e isso torna-se um ciclo vicioso.
O mais importante nesta altura que estamos a atravessar em Portugal é irmos à luta e pensarmos em todas as alternativas possíveis para melhorarmos a nossa vida. Não nos contentarmos com a sorte que nos calhou no caminho (e porque essa 'sorte' tem sido culpa de muitos e se pensarmos bem, também nossa, que acatamos sem pestanejar as decisões e leis e alterações constitucionais que nos são impostas por outros) e procurarmos as melhores possibidades e ideias para sairmos desta situação e para encontrarmos um futuro menos perigoso e mais seguro.
Se não gostamos que outros mandem na nossa vida, porque é que em 30 anos já tivemos o FMI 3 vezes a 'mandar' no nosso país e a resolver os nosso próprios problemas?

3 comentários:

  1. Querida Blanche, mas pelos menos podes manifestar a tua insatisfação e o teu ponto de vista, verdade? :)

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  2. Porque somos um povo sem formação, de base e complementar. Sem pensamento próprio. Seria preferível ter um pequeno grupo de pessoas inteligentes, mas idóneas a apontar pessoas capazes para dirigir o país, do que 90% de eleitores sem capacidade intelectual para decidir o que é o melhor para o país.

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  3. Manuela: Pois, claro que sim. Eu já disse que acho que a liberdade de expressão foi o melhor que o revolução trouxe, porque perdura até aos dias de hoje e espero que assim continue.

    GM: muitos dos eleitores que votam não percebem muito de política, só assim se explica que o PS esteja tão bem nas sondagens. Mas também não tenho solução para isso. Acho que a extinção da democracia não seria solução...
    Quanto a sermos um povo sem formação, concordo em parte. As pessoas começam a ser + formadas e letradas, mas parece-me é que continuam sem saber reflectir e argumentar com sentido crítico. Porque acho que não lhes interessa preocuparem-se com política. Mas o que é a política senão a gestão dos assuntos do povo?
    Beijos*

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