Começado com cerveja e terminado com espumante de morango!

A parte da cerveja foi muito má mesmo. Não, não fui eu que bebi, mas sim as dezenas de adeptos do Borussia Mönchengladbach (para quem siga com alguma atenção a Bundesliga, está em 16º e ontem jogou com o Hamburg sv) que estavam na estação e que infelizmente apanharam os mesmos comboios que nós e fizeram-nos ter uma viagem muito desagradável.

Imaginem juntar os piores adeptos das claques do SLB, FCP, e SCP (não pensando no antagonismo, claro) às 8 da manhã de um dia de jogo e pensem nisso assim com mentalidade alemã. Portanto, beber cerveja a rodos – copos, latas, garrafas e até grades –, fumar dentro do comboio, gritar palavras de ordem (com conotações racistas, qualquer coisa a ver com ciganos, mas não percebi bem), cantar em altos berros e olhar para as pessoas com um ar um bocado violento? Conseguem imaginar? Então foi assim que começou o meu sábado.

Nós estávamos assim um bocado assustadas, porque se fosse para haver confusão ia ser à séria, visto que nos parecia que a malta já estava com os copos e eram mais de cem pessoas… E quando chegámos à estação de Hamburgo, já lá estava a polícia de intervenção a postos a proibir a passagem de uma das saídas para os adeptos não se encontrarem. Completamente surreal!

A partir daí foi sempre a melhorar. Conheci o quarteirão dos restaurantes portugueses, onde almocei um delicioso bacalhau frito com cebolada, comi um pastel de nata e um de côco, tirei fotos e mais fotos, revi ruas e locais onde já tinha estado em 2007. Voltei a apaixonar-me pela zona do Alster (o lago interior da cidade) e passeei imenso.

À noite voltámos a comer comida portuguesa e depois fomos conhecer a Reeperbahn, que, de uma maneira soft, é a zona do engate lá do sítio. Fiquei espantada com a quantidade de gente que lá estava (as ditas ‘meninas’ vi poucas, mas noivas e noivos nas despedidas de solteiros eram uns quantos e gente bêbada também não faltava) e também com a sujidade do sítio. 

E como hoje tínhamos de acordar bem cedo, acabámos por ir para a pousada descansar os olhos e as pernas por umas horas. Antes de irmos dormir, ainda houve direito a brinde com espumante de morango que uma das minhas companheiras de viagem tinha levado. Risos e parvoeiras como se tivéssemos todas a mesma idade, que ajudaram a adormecer melhor. A mim pelo menos, porque houve quem não conseguisse dormir com o barulho no corredor. Fraquitas!