E se o que queremos muito se realiza*

Há dias em que me lembro com uma intensidade dos dias da lua de mel que é uma coisa que me aflige o coração. Lembro-me dos passeios de mão dada em que nos parecia que tínhamos o mundo aos nossos pés. E aqueles quilómetros para conversar em que não parávamos de sorrir. Fotos de sorrisos completamente idiotas, mas onde estou tão feliz, tão feliz que não consegui ficar com uma cara decente em nenhuma foto!

Relembro fotografias em que as perspetivas mudaram o que somos. Revejo aquele sol magnífico a pôr-se, depois da chuva, no nosso último dia em Veneza e que nos deixa tantas lembranças. Penso nos amigos que fizemos (e como estarão) e nos sítios que conhecemos. 

A viagem de cruzeiro é como se fosse um sonho etéreo. Agradeço mil vezes a ideia que tivemos de fazer a lua de mel dividida em duas partes, que nos permitiu conhecer países com tanta coisa para ver e que merecem mais umas quantas viagens. 

E sorrio ao pensar na nossa conversa com os companheiros de mesa num daqueles jantares fantásticos:

Eu: 'Quero tanto ir para a minha casa. Quero começar a rotina de limpar e arrumar e organizar!''

L: 'Ai rapariga, aproveita mas é a viagem, que vai chegar uma altura que te vais fartar!'

E o mais incrível é que me lembro desta conversa sempre que é dia de limpeza.

Ainda não estou farta, mas estou um bocadinho cansada.

*E a lua de mel, podia vir de novo... (e já agora, uma empregada também não era nada mal pensado...!)

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