sábado, 12 de outubro de 2013

Efemérides VII

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Lembrei-me várias vezes na semana passada disto, mas acabei por não escrever nada, mas há que comemorar as duas efemérides da semana passada que se ligam no meu coração.


Dia 2 de outubro - aniversário da minha mãe. Lá por casa não ligamos muito a aniversários. Sim, eu e a minha gostamos de fazer festa de anos mas parece-me que é mais pela graça de sermos gémeas e podermos reunir os amigos todos (coisa que começa a rarear...) do que pela comemoração em si. E sinto que somos muito todos muito de ficar embaraçados com os sentimentos que nos transbordam dos olhos e por isso as palavras que ficam por dizer aparecem nos olhares trocados e nos sorrisos que dizem tudo.
A minha mãe fez 50 anos e é assunto sério este. É claro que não houve beijos nem abraços, que isto de viver a família em diferido é uma facada no coração de cada vez que há festas. Haverá tempo para beijos e abraços e mimos na próxima semana. Espero estar por casa também, mas quero muito viver a minha família e os momentos que vou perdendo.

Dia 3 de outubro - 8 anos depois da ida para Erasmus e voltei quase à casa de partida. A Suíça não é a Alemanha e os Alpes não são Potsdam, mas está a ser giro na mesma. Sinto falta de viver em cidade, porque isto aqui, apesar de ter muitos portugueses, é quase uma aldeia e para além disso está num vale no meio das montanhas e para sair daqui há que apanhar um comboio que demora 1.15 a descer até à cidade 'grande' mais próxima, mas há que aproveitar as coisas boas que aqui há.

E ao fim de 8 anos olho para trás e vejo que muita coisa mudou na minha vida, mas a essência continua na mesma, o que me parece uma coisa boa!

3 comentários:

  1. Curioso que também eu voltei a sair 10 anos depois do Erasmus. Fiz erasmus em Roma, curiosamente também, aqui tenho conhecido imensos italianos, o que tem ajudado a reavivar a língua!

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  2. Ahh pois, nada como voltar a relembrar o que nos fez felizes :) E que esse italiano volte a ser fluente!

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  3. Tens uma irmã gémea? Que giro :)

    Na minha família também não estamos habituados a verbalizar as nossas emoções e muito menos aquilo que sentimos uns pelos outros, aliás, é raríssimo isso acontecer... mas felizmente também vamos encontrando outras formas de nos "manifestarmos" :)

    Estou há quase cinco anos a viver numa cidade pequenina e também tenho saudades da "vida" das cidades verdadeiras. Gosto muito da variedade de serviços e actividades das cidades, gosto de poder ir ao café à hora que eu quiser, gosto de ir a museus, gosto do burburinho da cidade. A habituação a esta cidade-vila em que vivo não foi fácil mas com o tempo fui conseguindo apreciar as vantagens de viver num sítio assim. Entre outras coisas, dá para ir a pé a todo o lado :)

    Beijinhos

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