quinta-feira, 9 de julho de 2015

Dos fins que são também inícios

O fim do tempo da gravidez estava marcado mas eu sempre achei que não ia chegar lá. Sentia-me relativamente bem, com a gravidez sempre tranquila e com ecografias e exames ao sangue sempre normais (houve um susto algures em abril com os níveis do açúcar, mas o teste da glicose deu negativo para a diabetes gestacional), mas nas últimas semanas eu já me sentia demasiado cansada e já sem posição para dormir que já estava desejando ter a pequena nos braços! 
Fiquei de baixa no final de maio, exatamente a um mês do fim do tempo e umas semanas depois de ter ido de férias a Portugal, e a baixa veio mesmo a calhar para conseguir pôr a casa em ordem antes da chegada da bebé. A médica achou, e bem, que as últimas semanas deviam ser mais tranquilas e sem trabalho (apesar de ainda ter feito bastante trabalho em casa e de ainda ter ido à escola umas quantas vezes entregar trabalhos e testes!)
Tratei da roupa da bebé (tenho a agradecer muito à minha irmã que me ajudou bastante nas arrumações. Acho a roupa da cerejinha tão fofa e ficou tão cheirosa que me perdia a olhar para as coisas e sendo tudo tão pequeno parecia pouco até ter começado a dobrar e a arrumar por tamanhos. ... pareceu-me uma tarefa sem fim!), organizei a mala da maternidade (que acabou por ser terminada à pressa 3 semanas antes do nascimento quando tive de vir ao hospital repetir ecografia e ctg porque os resultados no consultório não estavam muito bons e como mais vale prevenir, ficou logo tudo despachado!), fui cozinhando e tratando de limpezas para ter a casa limpa e a roupa tratada no regresso a casa.
No dia em que terminava o tempo (e depois de várias visitas ao hospital para consultas de rotina) acabei por ficar internada para me induzirem o parto. Não era nada assim que eu gostava que as coisas tivessem acontecido, mas até estava bastante tranquila e zen, contra todas as minhas expectativas!
O hospital tem ótimas condições e eu gostava muito de ter experimentado fazer o trabalho de parto na água, mas não pode ser. Também gostava que tivesse sido parto normal e foi cesariana (e apesar da minha recuperação física estar a correr bem e me sentir bem, apesar de cansada, a cicatriz precisou de mais cuidados médicos e estou novamente internada...), e gostava de conseguir amamentar em exclusivo, mas por enquanto não está a ser possível porque a cerejinha chora com fome mesmo depois de mamar!

Conclusões de tudo isto: não adianta fazer grandes planos porque, no fim de contas, as coisas podem correr de uma forma completamente diferente daquilo que gostávamos e se não tivermos uma mente aberta para isso, só nos deixa frustradas, o que não é bom para ninguém!

4 comentários:

  1. Parabéns!
    Que continue tudo a correr pelo melhor.

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    1. Obrigada MJ :) a parte da infecção e do internamento dispenso, mas o resto pode continuar como tem sido, porque tem sido muito bom!
      Beijinhos

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  2. Sabes que este teu post faz todo o sentido para mim, para me mentalizar! Ainda ontem falava com uma amiga, eu dizia que o que me assusta no parto é não poder planear ao detalhe (eu quero normal!), não saber que posso ter 24h de dor mas depois fica tudo bem. Ela explicou que é bom para me ir habituando, que com um bebé pequenino, quase nada se pode planear para me ir habituando senão depois é ⁽ainda) mais complicado. E... é mesmo verdade ;)

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    1. Eu acho que só me mentalizei que o parto estava a chegar quando fiquei internada e mesmo assim fiquei tranquila (mais stressado estava o meu marido!) porque independentemente de como corresse o parto, eu já só sairia do hospital com a piquena, por isso tentei não me enervar, mas na madrugada em que ela nasceu eu já estava tão cansada! Cansada de ter estado 3 dias no hospital para depois ter de ser cesariana e cansada das contracções que não serviram para nada porque não fiz dilatação! Mas realmente é tudo verdade quando te dizem que depois de teres o teu bebé nos braços tudo passa :) a Luísa dormiu 2 horas no meu peito logo a seguir à cesariana ainda eu não sentia as pernas por causa da epidural e eu fartei-me de chorar! Por isso, o importante é que o bebé seja saudável, seja como for o parto :)

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