Encontros imediatos de 1º grau

Hoje à noite tive de ir ao supermercado e quando vinha a sair encontrei o meu primo (sim, aquele meu primo giro que mais parece um Viking, alto, louro e de olho azul e cabelos compridos, que parece descendente de outra estirpe da família) com a namorada.

Gosto imenso dele, porque é sempre super sincero e certeiro no que diz. Começou como uma conversa normalíssima e acabámos a falar de projectos profissionais. Então, o meu rico primo perguntou-me se me sentia mais crescida depois de ter passado pela experiência de ter tido a empresa - que para quem não sabe, fechou ao fim de dois anos  de actividade e à qual eu dei sempre o meu máximo, e que tenho em crer que só não fechou mais cedo, exactamente por causa disso - e de ter ultrapassado todos os problemas inerentes. Fiquei sem saber muito bem o que dizer. Muito mais crescida não me sinto propriamente, mas menos ingénua e crédula, com toda a certeza. Os problemas têm isso de bom, ensinam-nos sempre alguma coisa. E sinto-me muito mais aliviada e descansada (a cabeça está muito mais leve) do que nunca.

E gostei que o meu primo me tivesse dito: 'Não tens de te sentir culpada de nada, se sabes que deste sempre o teu melhor e que fizeste o possível para que as coisas corressem bem e se não correram, a culpa não foi só tua.'

É bom quando as pessoas nos valorizam e nos dão aqueles miminhos inesperados nas alturas mais surpreendentes.