sábado, 7 de março de 2015

Domodossola

Quando a rotina começa a ser pesada demais e os dias iguais uns aos outros, o melhor a fazer é uma pausa e ir arejar as ideias. Em Portugal gostava muito de ir passear para Lisboa (obviamente que não para os centros comerciais!) ou conhecer outros sítios onde nunca tivesse estado, mas aqui os horários e as folgas pouco compatíveis tornam difíceis passeios assim.
No sábado passado cheguei a casa cansada, exausta e só me apetecia deitar-me e só acordar muitas horas depois, mas por incrível que pareça é nestes dias que me apetece mais ir jantar fora ou ir passar o fim de semana fora e a conversa ao telefone com o namorado às 5 da tarde foi mais ou menos assim:
Ele: ‘Queres ir jantar fora?’
Eu: ‘Jantar fora? Hummm… não sei… queres ir?’
Ele: ‘Podíamos ir.’
Eu: ‘Pode ser. Olha, e o que achas de irmos dormir fora?’
Ele: ‘Também pode ser. E queres ir onde?’
Eu: ‘Deixa-me ver no mapa e no booking algum sítio que não seja muito longe e que seja porreiro’
Ele: ‘Então vê lá e depois diz-me.’
Eu: ‘Ok, já estou a ver. Mais que 100 km é muito longe e depois fica tarde.’
Ele: ‘Sim, também acho.’
Eu: ‘Olha, queres ir dormir a Itália? Não é longe e os preços sempre são mais baixos’.
Ele: ‘Boa. Domodossola?’
Eu: ‘Sim, vi aqui um sítio porreiro e é barato e tem pequeno-almoço.’
Ele: ‘Então marca esse!’


E pronto, em 5 minutos decidimos que íamos dormir fora a Itália e foi ótimo. Não fomos para ver monumentos, fomos mesmo para conseguirmos estar os dois juntos a aproveitar algum tempo livre e sair daqui.
Depois de 2 horas de viagem pelo meio da montanha (foi arrepiante!!) foi uma aventura descobrir o hotel (numa ruela mesmo ao lado de uma praceta onde não podem passar carros sem autorização e com câmaras de vigilância , mas para onde o gps nos mandou… vamos lá ver se ainda aparece alguma multa…) às 9.30 da noite, mas depois de o termos encontrado a pé (que o estacionamento também não foi fácil, mas lá conseguimos um sítio para o carro) fomos tentar descobrir um restaurante.
Numa das ruas por onde passámos, vi um restaurante com muito bom aspeto e foi mesmo a esse que fomos. Chama-se
La Meridiana com inspiração espanhola e suíça mas também com pratos tipicamente italianos. Nós escolhemos o que se vê nas fotos gambas al ajillo e paella castigliana e não ficámos nada arrependidos. Tudo delicioso e com doses generosas. Não comemos sobremesa porque eu estava tão cansada e tão cheia e só me apetecia uma cama, mas a julgar pelas sobremesas que vimos temos de lá voltar outro dia com mais fome e menos sono!
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Foi muito engraçado perceber que o dono do restaurante é espanhol e conhece bem Portugal. Contou-nos que já passou pela Figueira da Foz, por Coimbra, por Benavente e por Lisboa. Eu a querer falar qualquer coisa e o pouco espanhol que sei a não sair e italiano então muito menos… O namorado fez as honras da conversa e eu só sorria. Opá, o meu cérebro não estava mesmo a colaborar!
No domingo acordámos cedo depois de uma noite bem dormida. Adormeci mal encostei a cabeça à almofada, mas ouvi barulho na rua até altas horas da madrugada. Ainda assim, acordei descansada e sem olheiras! Passeámos um pouco a pé pela vila e demos uma volta de carro. Fiquei com vontade de tirar algumas fotos e de conhecer algumas lojas, mas combinámos que havemos de voltar mas ao sábado, que é dia de mercado para aproveitar mais a cidade e os arredores. O Lago Maggiore é a 40 km de distância e está na lista dos sítios a visitar.
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E aproveitámos o sol e a manhã linda que estava em Itália. Viemos de regresso, passámos a fronteira para a Suíça e nevava imenso! De regresso ao mundo real!

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