quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Novidades do planeta de baby cérise #13: a amamentação

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Na primeira semana de outubro (de 5 a 11) foi a Semana Mundial da Amamentação e eu queria muito ter escrito sobre a minha experiência, mas não consegui...

A amamentação foi um tópico em nunca pensei muito durante a gravidez, porque sempre achei que seria uma mãe o mais natural e descontraída possível e se pudesse e conseguisse dar de mamar, então seria isso que aconteceria. Se não fosse possível, também não me iria stressar muito com isso (pensava eu... santa ignorância!)
Logo que nasceu e a puseram no meu peito, a pequena parecia que sabia bem o que estava a fazer e pegou logo no mamilo, mas foi sol de pouca dura. No tempo em que estive no hospital precisei várias vezes de ajuda para conseguir pô-la a mamar como deve ser e mesmo assim não foi muito fácil. 
As enfermeiras foram sempre muito prestáveis e explicaram sempre tudo o que precisava de saber e mesmo se elas percebessem que eu estava com dúvidas, ajudavam-me de forma espontânea (só coisas boas a dizer do hospital!) A primeira semana foi mesmo a mais difícil, fiquei com gretas e doía-me bastante quando a bebé encostava a boquinha ao mamilo, mas não desisti. O leite subiu no dia em que vim para casa, ou seja, 4 dias depois de ela ter nascido (ela nasceu a um domingo e isto foi na 4ª) e tive mesmo de tirar leite com a bomba porque estava a encaroçar no peito e nessa altura doeu-me bastante.
Tenha sido da melhor forma ou da forma que eu consegui, só durante a primeira semana de vida é que a pequena foi alimentada em exclusivo com o meu leite, que foi o tempo em que esteve sempre a perder peso. Uma semana depois de ter nascido e nós já em casa, ainda não tinha começado a recuperar, só a perder e a parteira ficou preocupada (aqui vem uma parteira a casa durante os 10 dias seguintes ao parto, mas não sermos nós - mãe e bebé - a termos de nos deslocar ao hospital, que é a 45 minutos daqui. Não sei se será assim em toda a Suíça!).
A sugestão foi começarmos a dar suplemento em conjunto com o leite materno. Sempre que desse de mamar e se percebesse que ela estava com fome, fazia leite e dava-lhe. Eu não tinha grande vontade de fazer isso, mas nunca tinha sido mãe e não sabia o que fazer e estava a ficar muito preocupada, por isso aceitei a sugestão e realmente funcionou e a pequena cerejinha começou a recuperar o peso e continuava a mamar relativamente bem.
Entretanto fui internada no hospital com uma infeção na cicatriz da cesariana e ela foi comigo, claro, mas não sei se foi da infeção, ou do antibiótico ou do biberão ou de tudo junto, o que sei é que ela cada vez queria mamar menos e chegou uma altura em que gritava desalmadamente quando a punha na mama e eu ficava tristíssima. Tentei várias formas de lhe dar a mama, experimentei tirar leite com a bomba (mas nunca consegui grande expressão de leite... e quanto mais tentava, menos conseguia...), tive inclusive uma consulta online com a Drª Graça da Amamentos, a 1ª clínica exclusiva para a Amamentação e foi muito bom. Tirou-me muitas dúvidas e explicou-me imensas coisas e deu-me muitos conselhos e eu percebi que até estava a fazer as coisas bem, a bebé é que não estava muito recetiva.
Entretanto fomos de férias e tive todo o tempo do mundo e toda a disponibilidade mental para lhe dar de mamar, mas ela cada vez queria menos... até que acabei por deixar por completo na altura em que regressámos à Suíça.
Eu concordo com a Constança Cordeiro Ferreira quando diz que a amamentação é um momento especial e mágico entre mãe e bebé, mas que deve ser bom para ambos e que dure o tempo que o bebé quiser. A Luísa deixou de querer e eu tive de me conformar com isso. Fiquei triste? Claro que fiquei, tinha bastante leite e que a alimentava bem, mas ela não quis mais e eu deixei de me stressar! O pediatra também me diz que dei o leite mais importante para ela e para as defesas dela.
Não sou fundamentalista da amamentação nem 100% a favor dos biberões , mas gostava que tivesse durado mais tempo... Adorei dar de mamar e foi sempre especial!

2 comentários:

  1. Fizeste o que podias. Deste o teu melhor. Nada melhor do que isso. E, a verdade é mesmo essa, a vontade é da bebé e desde que ela esteja bem a bem nutrida, é o que importa. Mas entendo que tenhas ficado triste. Quero muito dar de mamar e ficarei triste também se isso me acontecer. beijinho

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    1. Espero que contigo seja pacífica, tudo a correr bem com tempo para mimares e te deslumbrares com a tua pequena <3!
      Beijinhos

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